sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A propósito - o Bebê e sua Mãe



Se trata de uma questão recorrente o fato de as mães ficarem muitas vezes inseguras com seus bebês, principalmente as mães de primeira viagem, o que é bastante compreensível, o bebê quando chega, por mais esperado que tenha sido, é um estranho, e um estranho que necessita de todos os cuidados para sua sobrevivência, um pequeno estranho completamente dependente de sua mãe. A relação mãe-bebê e todo aquele imenso amor do qual todos falam é construído nessa vivência de dependência e de troca que aos poucos vai se dando.
O amor materno não é mágico, não se apresenta imediatamente, ele é o resultado de uma relação intensa.
O mais importante é que a mãe possa estar numa situação de receptividade total, ou seja, estar inteira, de braços abertos para esse bebê. Que possa contar com o apoio de outras pessoas não só no cuidado para com o bebê mas no cuidado, carinho e amor para com ela mesma - a mãe, para que possa nesse momento estar abastecida de sentimentos e desprovida de outras preocupações para dedicar-se, pelo menos nos primeiros meses, a cuidar prioritariamente dessa criaturinha que depende dela completamente, tanto no aspecto físico quanto no aspecto emocional. Uma mãe que recebe seu filho em situação de não receptividade, seja por estados emocionais negativos como a depressão, por exemplo, ou por estados de turbulência externos, pode comprometer o estado de saúde física e mental do bebê por todo seu desenvolvimento.
Claro que temos que levar em consideração que a maioria das vezes a mãe não recebe seu filho em estado emocional precário por vontade própria, muitas questões podem ocorrer para além do seu controle, como por exemplo: a perda de seu ente querido, situações trágicas que ocorrem , entre outras questões.
Porém, é importante que tanto a mãe, quanto aqueles que a rodeiam possam fazer o possível para que o ambiente físico e psíquico seja favorável para a chegada desse bebê.

4 comentários:

  1. Se todas as mães ou muitas mães soubessem da importância deste momento na vida dela e do bebê, teria mais cuidado consigo própria.
    É um momento marcante que seguirá toda relação de confiança do sujeito no meio, futuramente.

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  2. é Rita, mas não é tao simples como parece... Não podemos esquecer que nem todo mundo nasce "para ser mae". Outra coisa muitas vezes tem toda uma historia de violencia durante a gravidez, condiçoes sociais desfavoraveis entre outros e sem falar que muitas vezes as maes podem ter esse conhecimento mas nao ter condiçoes de oferece-las. Sem falar nas crianças concebidas em estupros. Eu concordo quando diz que é importante para o desenvolvimento do sujeito no futuro, mas nao é determinante. Muita gente boa por ai nao teve amor, nem afeto e nem mãe. Vamos lembrar da resiliência...rsrsr

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Sempre digo que a primeira impressão é a que fica. Em relação ao nosso primeiro contato com esse mundão, é a mesma coisa. Agora, com certeza, tem histórias de tamanha resiliência que fazem toda nossa teoria vir abaixo, não é? Superações que poucos de nós daria conta. Mas essa é a maravilha de sermos seres afetivos, individualidades únicas que nem a teoria consegue "aprisionar", não é? :)

    Legal ter enfim iniciado o blog, Si!
    Keep it moving, baby! :)

    (postei por engano como o Murilo antes...rs)

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